quinta-feira, 19 de agosto de 2010

José Pacheco - TIC's e Educação

Enriquecendo o Nosso Planejamento - Regiane Santiago



 TEMA DA AULA: Revolução Industrial: causas e consequências.

EMENTA: Trata-se de um estudo acerca da Revolução Industrial, enfatizando o contexto social e econômico que desencadeou tal processo, os fatores que contribuíram para que a Inglaterra assumisse o pioneirismo, além da efetivação de uma análise a respeito das causas e principais consequências sociais geradas, bem como das doutrinas que justificaram a organização da sociedade industrial e seus respectivos teóricos.

OBJETIVOS:
- Compreender o contexto social e político que desencadeou a Revolução Industrial, bem como suas causas e conseqüências, expressando tais conhecimentos a partir da produção de mídias.

- Desenvolver a capacidade de realizar leituras e análises de filmes, imagens, fotos, charges, contextualizando-as com a Revolução Industrial.


- Desenvolver a capacidade de pesquisar, coletando dados e informações,  através da utilização das mídias e novas tecnologias, com vistas à construção do conhecimento, assumindo uma postura crítica em relação à sociedade tecnológica.

- Utilizar as ferramentas tecnológicas para a construção colaborativa e cooperativa do conhecimento.


PÚBLICO ALVO: Alunos no 3º ano do Ensino Médio.


                   CONTEÚDO A SER TRABALHADO: A Revolução Industrial.

TEORIA DA APRENDIZAGEM SUBJACENTE: Sociointeracionismo, pois a proposta valoriza a construção do conhecimento de forma colaborativa, onde o principal objetivo do ensino é fazer com que o educando torne-se sujeito ativo da sua própria educação e destaca ainda o processo de interação para o desenvolvimento da aprendizagem.

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS

- Realizar individualmente um levantamento de fontes de pesquisa a respeito da Revolução Industrial (sites, livros, revistas, programas de televisão, documentários, jornais, filmes, etc.) e socializar com toda a turma.

- Participar de um círculo de leitura, no laboratório de informática, a respeito da Revolução Industrial, e realizar um fórum de discussão a respeito das informações e conhecimentos obtidos a partir desta atividade.

- Assistir a vários telejornais e identificar nas reportagens exibidas, elementos da Revolução Industrial no contexto contemporâneo, os quais serão apresentados e debatidos no fórum de discussão.

- Criar coletivamente um blog, onde deverão disponibilizar um acervo de filmes, imagens, fotos, charges, músicas e livros a respeito da Revolução Industrial, além de uma lista de sites importantes para a realização de pesquisas referentes ao assunto.
- Formar grupos de cinco alunos, os quais deverão escolher um filme, uma charge e uma música disponíveis no acervo montado por eles, para a realização de análise e apresentação à toda a turma.

- Atividades em grupo:

1. Criar músicas/paródias sobre a Revolução Industrial e produzir um CD com as mesmas.

2. Construir um livro de poesias que retratem a Revolução Industrial.

3. Criar uma dramatização que aborde os principais problemas sociais gerados pela Revolução Industrial. A dramatização deverá ser filmada para a montagem de um DVD.

4. Construir quadros com pinturas referentes à Revolução Industrial na contemporaneidade.

OBS.: Será  realizado  um evento envolvendo escola, família e comunidade, para divulgar e vender os produtos construídos a partir dos estudos realizados.
OBS.: O dinheiro arrecadado com as vendas dos produtos será utilizado na montagem da videoteca da escola, com a compra de diversos filmes que abordem a temática da Revolução Industrial.
Serão formados grupos de estudo, que assistirão aos filmes e realizarão a análise dos mesmos. Essas análises serão exibidas mensalmente, na programação da rádio escolar ou rádio comunitária.

RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que esta proposta favoreça a ampliação do conhecimento a respeito da Revolução Industrial, bem como o desenvolvimento da autonomia intelectual dos alunos, assim como a construção colaborativa e cooperativa do conhecimento, a partir da utilização dos recursos tecnológicos e efetivação de processos de autoria com a produção de mídias.

AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados durante todo o processo, a partir da expressão dos conhecimentos produzidos, empenho na realização das tarefas sugeridas, colaboração, compromisso, criatividade e autoavaliação, analisando toda a sua trajetória no decorrer da realização das atividades sugeridas e traçando estratégias coletivas para a construção de novos conhecimentos.


Minhas vivências utilizando mídias e tecnologias no contexto escolar



PROJETO: Cultura em Movimento

Embora o município de Barrocas-BA  possua um rico patrimônio no campo da cultura popular, é notória a ausência de políticas públicas que contribuam para a valorização e desenvolvimento desse ramo cultural.
Contudo, os bens culturais de natureza imaterial sobrevivem, mesmo que precariamente, graças à força e resistência dos grupos sociais e pessoas anônimas, que lutam para preservar a sua identidade cultural.
Em meio a essa realidade, o Projeto Cultura em Movimento surgiu visando promover a valorização, preservação e desenvolvimento das manifestações culturais do referido município, onde as escolas públicas, utilizando-se de diversos recursos tecnológicos, empenharam-se na realização de atividades voltadas para pesquisas e registros, bem como na realização de eventos culturais, fortalecendo assim as experiências já existentes, e fomentando a preservação da diversidade cultural brasileira.
Desse modo, o referido projeto teve como principal objetivo, articular, expandir e impulsionar ações que estimulassem a preservação e fortalecimento das manifestações culturais, por meio das mídias e tecnologias, contribuindo assim para a valorização da nossa identidade cultural.
O projeto foi desenvolvido pelas escolas públicas municipais, no período de 02 de março a 30 de agosto de 2008, e foi subdividido em etapas:
1ª etapa- Apresentação do projeto aos alunos e levantamento dos conhecimentos prévio dos mesmos, a respeito das principais manifestações culturais do município de Barrocas.
2ª etapa-  Apresentação e divulgação do projeto à comunidade, pelos alunos, utilizando para tal, emissoras de rádio.
3ª etapa- Realização de mapeamento das principais manifestações culturais do município de Barrocas e coleta de fontes documentais das mesmas (fotos, vídeos, etc) para digitalização.
4ª etapa- Realização de pesquisas na internet sobre as referidas manifestações culturais, buscando-se conhecer as origens, simbologias e transformações das mesmas, ao longo do tempo.
5ª etapa- Sistematização dos dados coletados no mapeamento cultural, por meio da produção de um livro.
6ª etapa- Apresentação das manifestações culturais, nas comunidades, e realização de registros audiovisuais das mesmas, criando documentário de cada uma delas.
7ª etapa- Realização de um festival de cultura, onde foram reunidas todas as manifestações culturais pesquisadas, havendo, portanto, o intercâmbio entre as mesmas. Tal evento foi registrado através da gravação de um DVD e construção de álbuns de fotografias.
As atividades desenvolvidas por meio do projeto Cultura em Movimento foram bastante significativas, pois, além de contribuírem para a valorização e fortalecimento da cultura popular, evidenciaram a importância da utilização dos recursos tecnológicos e midiáticos nesse processo. 

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS NA ESCOLA - Regiane Santiago


O desenvolvimento de um trabalho pedagógico integrando as mídias no contexto educacional é uma tarefa complexa, que aponta novos desafios para a comunidade escolar. Tal processo, requer a efetivação de alguns procedimentos que são fundamentais, dentre eles podemos destacar: a implementação de políticas públicas que viabilizem a disponibilização de recursos tecnológicos nas escolas, bem como de infra – estrutura adequada; a capacitação e atualização permanente dos professores, além da construção de um projeto político pedagógico que oriente o uso de tais recursos no processo de ensino-aprendizagem .
Diante da crescente expansão das Novas Tecnologias na sociedade, a escola, enquanto instituição social e uma das principais responsáveis pela educação das pessoas, não pode ficar alheia a esse processo.  Sendo assim, torna-se imprescindível  a aquisição do aparato tecnológico necessário para o desenvolvimento de uma prática pedagógica mais atrativa e prazerosa, capaz de atender as expectativas e reais necessidades dos alunos.
No contexto atual, é preciso desenvolver uma educação de qualidade, para que os alunos consigam atribuir significados às informações que são veiculadas pelos diversos meios, e utilizar as tecnologias para resolver problemas da vida cotidiana, compreender o mundo e atuar de forma consciente, no sentido de promover as trans-formações desejadas.
É importante destacar que temos vivenciado uma maior disponibilização de recursos tecnológicos na escola, entretanto, a utilização desses recursos na prática educativa ainda é restrito, principalmente porque a maioria dos professores não está preparada para acompanhar esse processo.
Em vista disso, surge a necessidade da formação e atualização permanente do professor, no que se refere às novas tecnologias educacionais, para a incorporação destas na prática pedagógica, assumindo assim uma postura de predisposição à mudança. É imprescindível pois, uma capacitação técnica e pedagógica, para o uso desses recursos como instrumento de mediação, que possibilita o estabelecimento de novas relações para a construção do conhecimento.
Vale ressaltar também, que para acontecer a integração das novas tecnologias na ação educativa de forma consistente, é necessário a construção de um projeto político pedagógico que articule projetos interdisciplinares, voltadas à apropriação crítica dos recursos tecnológicos, bem como o engajamento da equipe pedagógica para a utilização dessas ferramentas, de modo a favorecer o desenvolvimento de processos educativos criativos e inovadores, capazes de proporcionar aprendizagens significativas.
A educação por meio das mídias, bem como o desenvolvimento da educação para as mídias, é de fundamental importância para a formação cidadã, pois, à medida que os sujeitos envolvidos no processo educativo compreendem, criticam e utilizam-as de forma abrangente, certamente há o alargamento da expressão de ideias, da produção do conhecimento, da comunicação e da interação social, fatores indispensáveis para uma participação mais ativa e consciente na sociedade.
Os procedimentos para a inclusão das mídias e tecnologias na prática pedagógica, aqui apresentados, são de grande relevância, para que a escola aproprie-se de fato, das inovações tecnológicas, fazendo o uso ético desses recursos de modo a promover impactos positivos na qualidade da educação.

REFERÊNCIAS
MÓDULO: Mídias na Educação. Disponível em http://eproinfo.mec.gov.br/fra_def.php?sid=C75A2573021E2364C14B3191D1502ED7

Novas tecnologias da informação e comunicação. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Novas_tecnologias_de_informa%C3%A7%C3%A3o_e_comunica%C3%A7%C3%A3o

VALENTE et AL. Educação e tecnologias da informação e comunicação. Salvador: Empresa Gráfica da Bahia, 2009.



Estudos da Recepção - Regiane Santiago


1ª Etapa - Escolha do produto
 Globo Repórter
2ª Etapa – Descrição e sinopse
O Globo Repórter é um programa jornalístico aprofundado, com um formato de documentário, exibido pela TV aberta, especificamente pela Rede Globo, emissora responsável pela sua produção.
Atualmente é exibido em horário nobre, numa frequência semanal, impreterivelmente às sextas-feiras, à partir das 21:45.
O referido programa trata de temas diversos, apresentados num esquema de rotatividade, dentro de quatro categorias: aventura, comportamento, ciência e atualidades.
Assim, a cada semana o programa aborda um tema diferente, o qual é esquematizado em cinco blocos divididos por intervalos comerciais, perfazendo um total de 60 minutos de duração.
Vale ressaltar que na última sexta-feira do ano, o Globo Repórter é substituído por um programa denominado Retrospectiva, que reprisa as notícias e os fatos que foram destaque durante o ano.
A equipe do Globo Repórter é composta por:
Apresentador: Sérgio Chapelin;
Editora-chefe: Silvia Sayão;
Chefes de Redação: Marilei Zanini e Meg Cunha;
Chefe de Produção: Vanda Viveiros de Castro;
Coordenadores de Produção: Paulo Sampaio eTereza Maia;
Assistente de produção: Paulo Keppler;
Produtores: Ana Dorneles, Ana Rita Mendonça, Arlete Heringer, Beatriz   David de Sanson, Francesca Terranova, Jorge Ghiaroni, Maurício Maia e Roberta; Ferraz
Editores: Ana Helena Gomes, Cláudia Guimarães, Malu Guimarães, Mariana Estill Sabino, Marislei Dalmaz, Rogério Marques e Saulo de la Rue;
Editores de Imagem: Adriana Nagle, Francisco Carvalho, Gisele Machado, Lilian Cavalheiro, Roberto Cavalcanti e Susy Altman;
Editora de internet: Juliana Briggs;
Diretor de Ilustração e Arte: Alexandre Arrabal;
Arte: Eduardo Rillos, Emerson Pinheiro, Fernanda Garrafiel e Luiz Nogueira;
Supervisor de Imagem: José Carlos Azevedo;
Gerente de Operações: Luiz Henrique Rabello;
Diretor de Jornalismo – RJ: Erick Bretas;
Diretora de Jornalismo – SP: Cristina Piasentini;
Diretora de Jornalismo – DF: Silvia Faria;
Diretores Executivos: Luiz Claudio Latgé e Renato Ribeiro;
Diretor da Central Globo de Jornalismo (CGJ): Ali Kamel;
Direção Geral de Jornalismo e Esporte (DGJE): Carlos Henrique Schroder;
Principais repórteres: Beatriz Castro, Beatriz Thielmann, Cláudia Gaigher, Daniela Assayag, Dulcineia Novaes, Edney Silvestre, Ernesto Paglia, Flávio Fachel, Francisco José, Glória Maria, Graziela Azevedo, Guacira Merlin, Hélter Duarte, Isabela Assumpção e Rosane  Marchetti.
3ª Etapa – Endereçamento
O Globo Repórter apresenta uma estratégia comunicativa que atrai a audiência de pessoas de diferentes faixas etárias, níveis culturais, sociais e econômicos.
A fala bem articulada, de forma pausada e preocupada com a clareza da informação, tanto do apresentador quanto dos repórteres, consegue assegurar a atenção dos mais variados telespectadores.
Contudo, é importante salientar que o programa em análise tem insistido em exibir, com freqüência, temas ligados à vida animal, ao meio ambiente, o que demonstra         o seu direcionamento exclusivo a um público que se interessa por questões relacionadas à natureza.
4ª Etapa – Estrutura do programa
O Globo Repórter foi ao ar pela primeira vez em 1973. Ao longo da sua trajetória sofreu uma série de transformações e ganhou inúmeros prêmios nacionais e internacionais.
No seu formato atual, o programa adota um único tema por edição, tem a duração de 60 minutos, distribuídos em cinco blocos, organizados numa sequência lógica e intercalados por intervalos comerciais consideravelmente curtos.
É conduzido pela voz de um narrador, o apresentador Sérgio Chapelin, que dirige todo o roteiro, mantendo um contato “direto” com o telespectador, estabelecendo vínculos entre este e o tema abordado. Há também a figura do repórter, que juntamente com o cinegrafista desempenham a função de testemunhas dos fatos, transmitindo aos telespectadores as emoções vivenciadas durante o desenvolvimento das reportagens.
O fechamento de cada bloco geralmente é feito através de uma pergunta ou afirmação instigante, que anuncia o que será relatado no bloco posterior, o que certamente desperta a curiosidade do público.
5ª Etapa – Eixo de sustentação do conteúdo e das mensagens
Como já foi mencionado, a linha editorial do Globo Repórter centra-se basicamente em quatro categorias: ciência, atualidades, comportamento e aventura. Dentro destas categorias são escolhidos temas de interesse dos telespectadores, os quais são abordados a partir de um enfoque positivo, frequentemente apresentando-se exemplos, histórias de vida de sucesso e superação.
Busca-se, sobretudo, veicular as mensagens de modo atraente, como algo sensacional, de forma a evidenciar as consequências positivas destas, na vida das pessoas. Sendo assim, procura-se encerrar a edição sempre com mensagens positivas, de esperança, capazes de gerar otimismo.
6ª Etapa – Estratégias utilizadas para transmitir as mensagens
O programa abordado é apresentado dentro de uma linguagem séria, buscando-se uma relação direta entre o apresentador, a informação e o telespectador. Isso é bem perceptível na postura de Sergio Chapelin (apresentador), que comumente fala em frente às câmaras, apontando o dedo indicador para os telespectadores.
A vinheta utilizada pelo programa, para iniciar e fechar os blocos, chamada “Freedom Of Expression”, cuja gravação original é do grupo J. B. Pickers, também é fator de destaque, pois com o seu som agudo e impactante consegue atrair a atenção do público.
O Globo Repórter investe em elementos narrativos informativos, capazes de despertar e estimular tanto a dimensão cognitiva quanto as dimensões sensoriais e afetivas dos telespectadores.
O programa também investe no uso de expressões que despertam a curiosidade e atraem a atenção do público, apresentando as informações como algo novo e inusitado.
7ª Etapa – Opinião pessoal sobre o programa
Não podemos negar que o Globo Repórter é um dos programas mais importantes do jornalismo brasileiro, que consegue atingir um público diverso, devido a sua estratégia de comunicação.
Desse modo, é um programa bastante relevante, que deve ser mantido no ar, porém com algumas modificações, visando o seu aperfeiçoamento.
O programa deveria ser exibido num horário mais cedo, o que certamente atrairia um público maior. Além disso, há a necessidade de uma inovação nos temas escolhidos, pois a insistência na exibição de temas ligados ao meio ambiente, acaba deixando à revelia muitos assuntos interessantes, de grande relevância social.
O Globo repórter também deveria estimular um pouco mais a reflexão nos telespectadores, superando assim, o seu caráter meramente informativo. O telespectador não é convidado à discussão, ao debate. Ele é concebido apenas como receptor das informações que o programa se propôs a investigar e transmitir de maneira bastante didática.
Percebe-se também que o programa evita temas polêmicos e grandes denúncias, assumindo portanto a postura de oferecer soluções, “receitas” para resolver os problemas constatados. Para isso, investe na credibilidade da informação, através da valorização do saber científico, garantindo sempre nas reportagens, a presença tanto de especialistas e de testemunhos de pessoas comuns, que servem para “comprovar” as teses apresentadas.
8ª Etapa – Outros olhares
Para o desenvolvimento desta etapa, realizei uma entrevista com seis pessoas, quatro homens e duas mulheres, com diferentes faixas etárias e níveis de escolaridade diversos. A entrevista foi realizada com a intenção de recolher a opinião pessoal destas, a respeito do Globo Repórter.
Pedi que fizessem uma análise geral do referido programa, e obtive os seguintes depoimentos:
“Acho o Globo Repórter bom, pois passa muitas coisas interessantes”.
                                             Leonardo Carvalho Santiago, 14 anos, 8ª série
“É um programa muito interessante, porém apresenta temas muito repetitivos”.
                                            Valmar Santiago Oliveira, 26 anos, 3º grau incompleto
“É um programa interessante, destinado a um público diverso. Dependendo do tema, consegue atrair a atenção de adultos e crianças”.
                                             Ademário José Matos Caldas, 36 anos, 2º grau incompleto
“É bem interessante, bem diversificado nos temas. É destinado principalmente para o público adulto. Porém, deveria ser exibido num horário mais cedo”.
                                            Claudiene Santos de Carvalho, 30 anos, 3º grau completo
“É um programa educativo, que alerta as pessoas sobre muitas coisas, inclusive a saúde. Desde pequeno o meu filho assiste”.
                                           Simone Carvalho Santiago, 33 anos, 2º grau completo
“O programa aborda mais o lado bom da vida, a criatividade das pessoas, a superação dos indivíduos”
                                          Rodrigo Torres Cruz Santos, 24 anos, 3º grau incompleto
Nos depoimentos recolhidos, pode-se constatar uma certa unanimidade com relação à importância e aceitação do Globo Repórter, visto que todos os entrevistados afirmaram ser este um programa bastante interessante, havendo divergência apenas no que se refere ao público alvo.
Não houve portanto, diferença de percepção de acordo com à idade e o nível de escolaridade, o que reforça ainda mais a idéia de que o programa em análise não tem um padrão único de telespectadores, conseguindo  atrair um público muito diverso.

Referências:
globoreporter.globo.com
pt.wikipedia.org/wiki/globo_reporter

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E AS NOVAS TECNOLOGIAS - Regiane Santiago


O mundo contemporâneo vem sendo marcado pela incorporação das inovações tecnológicas nas várias áreas da atividade humana. Tal fenômeno é bastante perceptível no campo educacional, onde as Novas Tecnologias têm desencadeado processos de inovação extremamente relevantes para o contexto atual.
A introdução das NTICs no processo de ensino-aprendizagem, levando-se em consideração o seu potencial pedagógico veiculado aos conceitos de colaboração e cooperação, tem possibilitado o surgimento de ambientes colaborativos de aprendizagem, que propiciam a construção social do conhecimento, e, consequentemente, a formação de indivíduos críticos, capazes de assumirem uma postura participativa, ativa e interativa dentro da sociedade.
É importante sinalizar que o papel da educação vem se modificando, enfrentando novos desafios para atender a uma demanda de aprendizes mais autônomos, estimulados pela ação conjunta da tecnologia, relativamente acessível e de grande oferta de informação.
No contexto atual, a escola não é mais a única referência para a transmissão do conhecimento, nem o professor, única fonte de informação. Faz-se necessário ao educador do século XXI, repensar a sua prática e o seu papel na sociedade da aprendizagem, reconhecendo que o espaço escolar deve ser visto como um espaço de constantes mudanças, onde o aluno possa, de forma participativa, interagir no processo de ensino-aprendizagem, sendo o professor uma peça fundamental, enquanto orientador e mediador, participando com os alunos de novas excursões intelectuais e metodológicas.
Para Paulo Freire, o homem se constrói e chega a ser sujeito à medida em que, integrado em seu contexto, reflete sobre ele e com ele se compromete, tomando consciência de sua historicidade. Desse modo, toda ação educativa deve permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo e estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade. Sendo assim, é necessário que a relação professor-aluno seja horizontal e não imposta. Para que o processo educacional seja real, é necessário que o educador se torne educando  e o educando, por sua vez, se torne educador, superando assim as contradições da educação bancária. Educador e educando são portanto, sujeitos de um processo que crescem juntos, educando-se em comunhão.
Um outro fator que merece destaque no que se refere ao uso das NTICs nos processos educativos, é a potencialização da comunicação e socialização do conhecimento, através das comunidades de aprendizagem em ambientes virtuais, o que certamente favorece a superação dos limites temporais e espaciais dos sujeitos, contribuindo assim para a democratização da educação.
A utilização de tecnologias e mídias na escola e na sala de aula impulsiona a  abertura desses espaços ao mundo e ao contexto, permitindo articular as ações globais e local, sem contudo, abandonar o universo de conhecimentos acumulados ao longo do desenvolvimento da humanidade.
                                                                                                   (Almeida, 2001)
Sendo assim, as Tecnologias da Informação e Comunicação desempenham um papel de suma importância no mundo contemporâneo, pois além de ampliar os espaços educativos, oferecem os aportes necessários para uma participação ativa dos sujeitos na construção do conhecimento.
Em função da importância que a sociedade da informação adquiriu nestes últimos anos, torna-se essencial que a instituição escola não fique excluída desse processo e perceba a importância das NTICs como ferramentas didático-pedagógicas, capazes de provocar mudanças significativas na prática educativa.
Nesse sentido, o professor deve tornar-se receptivo às mudanças e propostas no campo da educação, principalmente no que se refere à integração das NTICs, pois o uso destas dentro de uma abordagem didádico-pedagógica, que tenha como objetivo o desenvolvimento de habilidades e competências no educando, é sem dúvidas uma prática eficaz para o direcionamento dos sujeitos da aprendizagem, à constução do conhecimento de forma ativa e interativa.
Segundo Prado (2005), para que haja essa integração, é necessário conhecer as especificidades dos recursos midiático, com vistas a incorporá-los nos objetivos didáticos do professor, de maneira que possa enriquecer com novos significados as situações de aprendizagem vivenciadas pelo aluno. Desse modo, é preciso conhecer o potencial educativo das Novas Tecnologias, para então utilizá-las, não como substitutas do professor, mas como ferramentas auxiliares e potencializadoras da prática docente.
De fato, a inclusão das NTICs no contexto educacional, tem posssibilitado uma maior interação entre os sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem. As tecnologias interativas proporcionam um maior intercâmbio de saberes e experiências, abrindo espaço para uma maior aquisição de informações e construção colaborativa  do conhecimento.
Contudo, devemos considerar que, com o uso crescente das Novas Tecnologias, a sociedade contemporânea tem se caracterizado pela excepcional quantidade de informações que são veiculadas pelos mais variados meios. O volume de informação é tão grande, que acaba reforçando as aprendizagens rápidas e passageiras.
Diante disso, é imprescindível que a educação ofereça as condições necessárias para que os sujeitos possam desenvolver a capacidade de selecionar as informações segundo os seus interesses e necessidades, para então ter um contato mais profundo com as mesmas e poder transformá-las em conhecimentos significativos.

REFERÊNCIAS
Concepções de Aprendizagem (módulo). Disponível em http://eproinfo.mec.gov.br/fra_def.php?sid=52E221BAA3248174C18C5C0F587DA9A8.

Novas tecnologias da informação e comunicação. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Novas_tecnologias_de_informa%C3%A7%C3%A3o_e_comunica%C3%A7%C3%A3o.

VALENTE et AL. Educação e tecnologias da informação e comunicação. Salvador: Empresa Gráfica da Bahia, 2009.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Caixa de ferramentas - Regiane Santiago

A utilização de ferramentas de autoria no processo de ensino-aprendizagem, através de procedimentos metodológicos que visem o estímulo à comunicação, socialização e colaboração entre os sujeitos envolvidos na ação educativa, possibilita o desenvolvimento da criatividade, de atitudes crítico-reflexivas e da autonomia na construção do conhecimento.

Nesse sentido, segue a descrição de 3 ferramentas capazes de contribuir significativamente para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos:



BLOG


ENDEREÇO: https://www.blogger.com/start

POR QUE ESCOLHEU?

O blog é uma ferramenta de autoria que possibilita a efetivação de registros e atualizações frequentes de informações, postagens de conteúdos, sem que os usuários necessitem de um conhecimento teórico especializado para a realização de tais atividades. Além disso, é um excelente espaço para a construção colaborativa do conhecimento, pelo fato de proporcionar a interatividade, a socialização do saber e a comunicação entre os sujeitos.



COMO UTILIZOU ESTA FERRAMENTA OU UTILIZARIA EM UM CONTEXTO EDUCACIONAL?

Pode-se criar um blog da escola, juntamente com os alunos, para que este possa ser um espaço de divulgação dos eventos, projetos da escola, de publicação das produções dos alunos referentes às atividades escolares, bem como um espaço de diálogo, onde podem ser promovidas discussões sobre questões referentes aos conteúdos curriculares e temas de interesse da comunidade escolar.



POWERPOINT


POR QUE ESCOLHEU?

O PowerPoint é um poderoso software onde pode ser criadas apresentações em forma de slides, de maneira prática e eficiente. Os alunos e professores podem utilizar tal recurso para elaborar materiais de pesquisa, incrementar apresentações de trabalhos, sendo este um meio para demonstrar os conhecimentos construídos.

O PowerPoint permite a produção de materiais didáticos contextualizados, de acordo com as necessidades dos usuários.

COMO UTILIZOU ESTA FERRAMENTA OU UTILIZARIA EM UM CONTEXTO EDUCACIONAL?

Pode-se criar, em parceria com os alunos, um banco de materiais relacionados aos conteúdos curriculares, em PowerPoint, podendo estes ser utilizados tanto pelos professores na prática pedagógica, quanto pelos alunos em atividades de pesquisa, pelo fato de estimular a prática da leitura dinâmica.



COREL DRAW


POR QUE ESCOLHEU?

O Corel Draw é um programa para design gráfico, que possibilita a criação e manipulação de vários produtos, a exemplo de desenhos artísticos, cartazes, capas de livros, revistas, etc. Sendo assim, configura-se numa ferramenta de grande utilidade para a produção de materiais didáticos.



COMO UTILIZOU ESTA FERRAMENTA OU UTILIZARIA EM UM CONTEXTO EDUCACIONAL?

O Corel Draw poderá ser utilizado na construção de um jornal escolar, onde poderá ser publicado os diversos gêneros textuais produzidos pelos alunos, sendo incrementado com desenhos, fotos, ilustrações.

Costumo utilizar o Corel Draw para a construção de um jornal escolar denominado “Catingueiro”. Esse jornal reúne textos produzidos pelos alunos de 1ª a 4ª série, das escolas do campo do município de Barrocas, as quais fazem parte do Projeto de Educação do Campo (CAT), que tem como foco uma metodologia contextualizada com a realidade campesina e visa o desenvolvimento sustentável do semiárido, através de uma educação que leve em consideração as potencialidades dos sujeitos.

Além de valorizar as produções dos alunos, o referido jornal também é utilizado pelos professores como recurso didático, sendo um importante instrumento de estímulo à prática da leitura e da escrita.

Diante das várias possibilidades de utilização das ferramentas de autoria no campo educacional, cabe aos profissionais de educação utilizá-las de forma criativa, responsável e inovador, transformando-as em instrumentos potencializadores da aprendizagem significativa.